SECOND DUPRET
pseudônimo de
Pedro Paulo Luz Cunha Filho,
nascido a 20-06-1956, em NATAL, Rio Grande do Norte, e filho do saudoso Jornalista PELUZ.
Saiu de seu Estado natal ainda criança, vindo morar com a família em Goiânia—GO no final dos anos 50. Em 1962 veio para Brasília, onde reside desde então, tendo passado toda sua vida escolar na Capital Federal.
Atualmente é funcionário da Caixa Econômica Federal, escrevendo nas horas vagas.
Escreveu em 1984 o livro "ALVORECER BRANCO".
DUPRET, Second. Alvorecer branco.S.l.: 1985. 122 p.
15 x 21,5 cm Ex. bibl. Antonio Miranda;
doação do livreiro BRITO (DF).
Gênese do mundo
Pálida e serena
surge a face da Lua
no trono majestoso,
fictício e celestial,
que se espelha
nas águas plácidas de amenas
de um lagoa de ágata sideral.
Nefertiti já sabia e ocultava
que na gênese noturna das eras
os fios de prata tecem
as alegorias do Universo em centração.
Os aracnídeos espaciais
em constantes evoluções,
iluminaram os ancestrais
e a mudez errante
do planeta astral.
Distante nos recônditos da imaginação,
nos confins da atração,
põe-se a Lua
derramando seus fótons escarlates,
no Panteon eterno da imensidade.
Priscas eras aquelas
em que os mares profundos
alimentavam os habitantes abissais,
que se transformando,
ainda na pré-história caótica,
correram como feras
nas estepes perdidas,
emaranhados na luz do luar,
na insólita gênese da Terra.
Sonho
Eu sonho: sonho como sonho.
E mandam-me sonhos,
sonhos do além, do mar,
dos pescadores, do luar,
das jangadas velozes
partindo para longe
com sonhos de um dia
sonhar de mar, do ar, de voar.
Lux aeterna
Lux Aeterna.
Suite dos sonhos.
Luz terrestre da esperança.
Andar no seio das praias infinitas.
Subir na ara dos universos.
Lux Aeterna.
Dança fulgurante.
Sinos dos tempos.
Em eras imemoriais.
Caminhar por entre anéis.
Observar o absoluto.
Os sóis eternos da juventude.
Praias distantes...
De universos finitos.
Absorvidos pelos portais.
Porta do Sol.
Fiolhos do Sol,
Filhos da Lux... LUX AETAERNA.
Vulcão
A dança do foto apenas começou.
A caldeira arde soltando borbulhas.
De debaixo solta fagulhas.,
que a ira não dominou.
Pelas encostas desce o rio,
que deixando a vida por um fio
acende pela morte o pavio
sem atentar para o pior desvario.
Cavalga nas pradarias verdejantes,
arrastando consigo a destruição
de hordas de seres clamantes
por vida em profusão.
Vulcão, deus mitológico
que desperdiça suas horas
na feitura de um antológico
despertar das eras.
Vomita fogo e trovão
enxofre e carvão,
alçando voo eternamente
pela procura da semente.
E do ardor do fogo que não consome,
da Verdade que assome
ao timão do mundo decadente,
nasce a flor imanente...
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Página publicada em setembro de 2021.
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